A violação do túmulo e, possivelmente, do corpo de uma mulher de 49 anos surpreendeu a família dela em Gravataí, região metropolitana de Porto Alegre. Ela foi encontrada a 30 metros do local onde foi enterrada, no Cemitério Municipal Rincão da Madalena, sem a saia com a qual estava vestida, e a polícia suspeita do crime de necrofilia.
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Reprodução |
Menos de 24 horas após o funeral da mulher, cuja identidade não foi divulgada pela polícia a pedido da família, um irmão dela, que pediu ao UOL para não ser identificado, recebeu uma ligação de um homem desconhecido ontem de manhã informando sobre a violação do túmulo. Imediatamente, ele e outros dois irmãos se dirigiram para o cemitério. Lá, encontraram o corpo seminu, fora da cova e com sinais de abuso sexual.
“Quando cheguei, lá o caixão estava aberto e sem ninguém dentro, com uma parte quebrada. Parecia que ela mesma tinha aberto. A gente viu umas pegadas e até achamos que ela tinha voltado à vida. Mas do lado das pegadas dava para ver que o corpo tinha sido arrastado”, afirmou o irmão.
Os outros dois irmãos seguiram as pegadas em direção a um matagal. No caminho em direção às árvores, foi encontrada a roupa da mulher. Alguns metros à frente, o corpo foi achado parcialmente despido e com as mãos cruzadas sobre o peito. As árvores do local tinham cruzes pintadas nos troncos.
“Me apavorei. Eu nem olhei direito para não ficar com aquela imagem na cabeça”, disse o parente à reportagem. ” A primeira impressão que tive era que cortaram toda ela, só por maldade. Mas o corpo dela estava intacto. Mas quem vê aquela cena não acredita que um ser humano fez aquilo”.
Segundo o delegado Marcio Zachello, que investiga o caso, há indícios de abuso sexual no cadáver. “Devido às circunstâncias em que esse cadáver foi encontrado, sem partes das roupas, já se suspeitou de um possível ato com conotação sexual.”
O delegado afirmou que o corpo foi encaminhado para perícia para verificar se, de fato, houve abuso sexual. Ainda não há prazo para os laudos serem entregues. Enquanto isso, a polícia está ouvindo os familiares, funcionários do cemitério e outras pessoas.
Por enquanto ninguém foi preso. A prefeitura, que administra o cemitério, informou que notificou a empresa terceirizada responsável pela vigilância e pediu ainda que reforce os cuidados no local.
A mulher morreu no último sábado (9), no Hospital Dom João Becker, por insuficiência respiratória, seguida de parada cardiorrespiratória. Segundo a família, ela tinha síndrome de Raynaud e apenas um dos pulmões funcionava, com 40% da capacidade. Ela não era casada e tinha uma filha. Hoje, o corpo foi novamente enterrado.
UOL Notícias