A reunião do conselho consultivo da floresta nacional Itaituba 1 e 2, realizada na faculdade de Itaituba, foi coordenada pelo ICMbio e teve como pauta principal informar sobre a gestão da FLONA Itaituba 1 e 2, reestruturação do conselho consultivo, apresentação do processo de demarcação das terras indígenas e concessão florestal. Mas, antes da reunião houve protesto de indígenas que alegaram não ter sido convidados para a reunião.
Os representantes do conselho consultivo também se manifestaram conta a atitude dos indígenas em tentar cancelar a reunião, segundo eles o encontro do conselho é obrigatório sempre que necessário.
O bate boca foi intenso entre indígenas, representantes do ICMbio e conselho consultivo da FLONA Itaituba 1 e 2. De um lado os conselheiros querendo a reunião e do outro os nativos alegando que as decisões tomadas nessas reuniões não favorecem o povo indígena. Ao tomar conhecimento da reunião, o presidente da associação indígena do estado do Pará veio à Itaituba defender o povo Mundurucu. Segundo Miguel Correa, existem exemplos em Altamira onde aconteceu a mesma coisa e o prejudicado foi o povo.
Os representantes do ICMbio justificaram o motivo da reunião alegando que o conselho consultivo também precisa reunir para discutir os assuntos relacionados com a FLONA Itaituba 1 e 2 e disseram que precisam encontrar uma forma de incluir a representação indígena no conselho consultivo.
Ao final do protesto os indígenas decidiram deixar o local da reunião após a entrega de um documento que garantiu a retirada da pauta qualquer assunto relacionado com a demarcação das terras indígenas. De acordo com o presidente da cooperativa de produtores de Caracol, é preciso chegar a um acordo onde todos sejam beneficiados.
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