Jovem de 24 anos é preso em Jacareacanga acusado de estupro de vulnerável

O flagrante foi dado pela guarnição da Polícia Militar da comunidade garimpeira de São José, mas a prisão aconteceu na comunidade de Porto Rico, território de Jacareacanga. O vídeo do flagrante foi gravado pelo pai da vítima. Ele contou à reportagem que Luciano Christian Carneiro Silva, que foi surpreendido junto com a menina em um dormitório, estava mantendo um relacionamento com a adolescente, de apenas 13 anos de idade, há pelo menos dois meses.

Luciano Christian Carneiro Silva, 24 anos e a menor.

A família já havia alertado sobre a possibilidade de denunciar o acusado por estupro, mas ele não deu atenção. A suspeita de estupro levou a família a registrar boletim de ocorrência em Jacareacanga, o que embasou a operação policial que culminou com a prisão. As fotos encaminhadas ao advogado da família mostram, ainda, que o casal mantinha freqüentes encontros. O pai não gravou entrevista, mas relatou que a menina chegou a ficar traumatizada e, sempre que entrava em crise, se auto-mutilava.

A menor se auto-mutilava.

Luciano foi preso no dia 10 de Outubro e encaminhado para Jacareacanga, onde foi feito o procedimento e encaminhado à Justiça. Ele foi autuado por estupro de vulnerável. A prisão temporária do acusado foi convertida em prisão preventiva, e ele foi encaminhado para Itaituba.

Luciano Christian Carneiro Silva, 24 anos.

A família da vítima informou que o acusado se recusava em resolver a questão de forma amigável e insistia em se encontrar com a adolescente, mesmo escondido. O pai foi orientado pelo advogado a buscar meios de confirmar a suspeita antes de qualquer providência, até o dia em que a menina fugiu de casa e foi encontrada pelo pai em companhia do acusado.

Luciano tem 24 anos de idade e seria pai de três crianças. Segundo a família da adolescente, o acusado, que é natural do Maranhão, ainda responde por dois processos naquele estado, um por envolvimento com o tráfico, outro por homicídio. Mas, de acordo com o delegado Rafael Oliveira, diretor da 19ª Seccional da Polícia Civil de Itaituba, ainda será feito um levantamento da vida pregressa do acusado, para descobrir se ele responde por algum processo em outra comarca.

Luciano foi encaminhado para exame no Centro do Instituto Médico Legal (IML) na tarde desta sexta-feira (18) e, em seguida, transferido para a Cadeia Pública de Itaituba, onde permanece à disposição da Justiça aguardando julgamento. Se for condenado, o acusado pode pegar de oito a quinze anos de prisão.