sexta-feira, novembro 22, 2024

Há quase 1 ano, PF ainda não concluiu inquérito sobre morte de jovens achados enterrados na Reserva Parakanã, em Novo Repartimento

Em cova rasa, Cosmo Ribeiro de Sousa, José Luís da Silva Teixeira e Wilian Santos Câmara foram encontrados no dia 30 de abril de 2022, após saírem para caçar. Relembre o caso.

Após quase um ano, desde o início das investigações sobre os assassinatos de três jovens que saíram para caçar na Reserva Indígena Parakanã, há cerca de 30 km de Novo Repartimento, ainda caminham em segredo de justiça para a reta final na Polícia Federal. De acordo com a Policia Federal, uma vez que as investigações sejam concluídas, o processo será remetido ao Ministério Público Federal, que poderá oferecer denúncia contra os investigados, para que eles sejam levados a julgamento.

O crime vitimou os jovens Cosmo Ribeiro de Sousa, de 29 anos, José Luís da Silva Teixeira, de 24, e Wilian Santos Câmara, de 27. Os três jovens desapareceram no dia 24 de abril de 2022. Os corpos foram encontrados enterrados na área da Reserva Indígena Parakanã. Para o advogado responsável pela defesa das famílias das vítimas, não há dúvidas de que os autores dos crimes foram os indígenas, os quais poderão ser denunciados pelo Ministério Público Federal e devem ser levados até a júri popular. Ainda segundo o advogado da defesa das famílias dos jovens mortos, o inquérito ainda está na fase de inquérito e lamenta que ninguém ainda ninguém foi preso, o que a defesa esperava.

Relembre o caso

No dia 24 de abril de 2022, por volta das 14h, Cosmo Ribeiro de Sousa, José Luis da Silva Teixeira e Wilian Santos Câmara saíram juntos para caçar na Reserva Indígena Parakanã, localizada há cerca de 30 km da cidade de Novo Repartimento e não retornaram. Preocupados. Na manhã do dia seguinte, familiares partiram em busca de encontrar os jovens desaparecidos; porém, só encontraram as motocicletas e outros pertences pessoais dos três. No dia 26, indígenas realizaram buscas juntos com familiares dos jovens, Corpo de Bombeiros, Polícia Federal e Funai.

Temendo um confronto, policiais federais se deslocaram até a região da Reserva Indígena Parakanã. Ainda no dia 26, o Ministério Público Federal acionou a Funai, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar, para que fossem tomadas as medidas necessárias, tanto para localizar os jovens quanto para evitar conflitos entre indígenas e não indígenas. Em forma de protesto, familiares dos três jovens desaparecidos bloquearam a Rodovia Transamazônica para pedir providências, momento em que a situação ficou ainda mais tença.

Só cinco dias depois do desaparecimento, a justiça atendeu ao pedido, para que forças de segurança pudessem realizar as buscas. Cerca de 20 policias federais entraram na área da reserva indígena. Na manhã de sábado, dia 30 de abril, os corpos dos três jovens, foram encontrados enterrados em uma cova rasa, próximos ao local onde os três sumiram, na reserva.

Os três estavam com as mãos e pés atadas para trás. Os familiares acreditam que os três foram torturados e enterrados ainda vivos.

Segundo a defesa das famílias, o inquérito ainda está em segredo de justiça. Ele não tem dúvida do envolvimento dos índios na morte dos três jovens e afirma que a polícia tem que identificar quem foram os autores do crime.

Fonte: Portal Plantão 24horas News – Texto: Queiroz Filho

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