sábado, setembro 7, 2024

Casos de dengue aumentam 1.167% no primeiro semestre de 2024 na região Oeste do Pará

Especialistas apontam lixo acumulado como principal foco do mosquito transmissor da dengue no Pará.

Na região oeste do Pará, o primeiro semestre de 2024 registrou um aumento de 1.167% nos casos de dengue, comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram confirmados 150 casos de janeiro a junho, enquanto que este ano o número saltou para 1.901 casos.

Para combater o aumento dos casos de dengue, os agentes de endemias intensificaram as ações de fiscalização e conscientização. As visitas domiciliares, a busca ativa por focos do mosquito e as campanhas educativas têm sido fundamentais para alertar a população sobre a importância de eliminar os criadouros do Aedes aegypti.

Segundo o coordenador de arboviroses de Santarém, Edvan Silva, a falta de cooperação da população tem sido um fator determinante para o aumento dos casos.

“O mosquito só se prolifera se houver depósitos de água. O alto volume de lixo, entulhos e recipientes acumulados nos quintais das residências são os principais locais onde encontramos focos. Garrafas PET, recipientes de bebidas e eletrodomésticos descartados de forma inadequada acumulam água da chuva, criando o ambiente ideal para o mosquito”, alerta Edvan.

Ainda de acordo com Edvan Silva, o trabalho do agente de endemias tem sido constante, contínuo, de educação em saúde e prevenção, levando todas as informações para a população.

“Nos períodos chuvosos, notamos que muitas vezes a população não assimila a orientação de não jogar lixo na rua ou em terrenos baldios. Enfrentamos resistência, com alguns moradores não permitindo a entrada dos profissionais de saúde, que estão ali para educar e esclarecer dúvidas sobre a prevenção da proliferação do Aedes aegypti.”

A conscientização e colaboração da comunidade são muito importantes para controlar a epidemia. Durante o verão intenso, a vigilância deve ser constante para evitar que chuvas isoladas provoquem uma nova proliferação do mosquito

“Estamos em uma região endêmica por natureza geográfica. O controle do vetor depende da ajuda da população. Sem isso, é impossível controlar a situação.”, conclui Edvan.

É importante seguir as seguintes dicas para ajudar a eliminar os mosquitos transmissores: manter caixas d’água bem tampadas, eliminar água acumulada em recipientes e descartar o lixo de forma correta. Esses cuidados podem fazer uma grande diferença na luta contra a dengue.

*Colaborou Carlo Brendolly, da produção de jornalismo da Tv Tapajós

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