O diabete acomete um em cada dez adultos no mundo. No Brasil, são 15,7 milhões de diabéticos, segundo o Atlas do Diabete da Federação Internacional de Diabete (IDF). A doença é crônica, metabólica e caracterizada por elevados níveis de glicose no sangue, a principal fonte de energia do organismo e é produzida a partir de alimentos, principalmente dos que contêm açúcar.
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, com a função de quebrar as moléculas de glicose e transformá-las em energia. “A ausência de insulina dificulta a queima do açúcar e sua transformação em outros produtos, como proteínas, músculos e gordura”, explica a médica endocrinologista Julienne Angela Ramires de Carvalho, do Hospital Pequeno Príncipe.
Diabete em crianças e adolescentes
Os tipos mais comuns de diabete são o tipo 1, quando o pâncreas deixa de produzir ou produz pouca insulina; e o tipo 2, que é quando o organismo se torna resistente à ação da insulina. “O diabete tipo 1 é o mais comum em crianças e adolescentes, além de ser uma das doenças crônicas mais frequentes na infância”, pontua a especialista, que também alerta para os sintomas da doença no público pediátrico:
- Cansaço frequente, falta de energia para brincar, muito sono e preguiça.
- Mesmo alimentando-se bem, o paciente começa a emagrecer de forma repentina.
- Episódios frequentes de xixi à noite, voltando até mesmo a urinar na cama.
- Sede até nos dias mais frios e boca seca.
- No caso de lactentes e bebês, a irritabilidade e o choro excessivo são sinais comuns de diabete.
Ao notar os sintomas, é fundamental buscar atendimento médico para o diagnóstico e tratamento adequado da doença.
Controle e tratamento do diabete
Sensor de glicemia
O dispositivo mede os níveis de açúcar (glicose) no corpo. Sem agulha, o sensor é colado na pele do paciente e envia informações para um aplicativo no celular. O diferencial dessa tecnologia é que não há necessidade de coleta sanguínea, um incômodo para quem precisa verificar o nível de glicemia diariamente.
Os dados são mostrados em tempo real e com o auxílio de gráficos, que indicam os níveis glicêmicos do passado, do presente e uma estimativa para o futuro.
Bomba de insulina
Pequena e portátil, é um dispositivo que fornece insulina de ação rápida e contínua. Uma pequena agulha é inserida no abdômen e, por meio de um tubo, o líquido chega ao organismo. O dispositivo pode ser transportado facilmente, e a administração de doses pode ser feita em qualquer lugar.
Além disso, a bomba possibilita o ajuste da dose de insulina com precisão e permite um controle eficiente dos níveis de glicemia ao longo do dia.
Caneta da Saúde
Tradicionalmente utilizado no tratamento do diabete, o dispositivo é parecido com uma caneta e possui uma agulha ultrafina na ponta. A Caneta da Saúde é distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e vem preenchida com insulina para que o paciente possa aplicar em si. Seu público-alvo são crianças e adolescentes até 19 anos e adultos a partir de 45 anos.
O dispositivo é de fácil manuseio e transporte, e garante a dosagem correta prescrita. De acordo com dados oficiais do portal da Caneta da Saúde, 90% dos pacientes que utilizam o dispositivo afirmam precisar de menos assistência no momento da aplicação, e 64% das pessoas com diabete que fazem uso da caneta apresentaram menos episódios de hipoglicemia (açúcar no sangue abaixo do normal).
Fonte: https://pequenoprincipe.org.br/