sexta-feira, outubro 18, 2024

Evoney Fernandes e seu grupo são investigados por sorteios digitais ilegais

Artista, que irá se apresentar em Itaituba, movimentou com seu grupo mais de 4,5 milhões realizando rifas digitais, consideradas ilegais.

A Polícia Civil do Tocantins encerrou, na sexta-feira (24), a 1ª fase da operação “Tá no Grale”, que apura a movimentação milionária de valores obtidos ilicitamente por meio de rifas digitais. Segundo apontou as investigações, o artista Evoney Fernandes e seu grupo faturaram mais de 4,5 milhões de reais em sorteios digitais, que são consideradas ilegais pela legislação brasileira.

Além do humorista e cantor Evoney Fernandes, de 27 anos, os atores Hitalon Bastos, de 27 anos, e Fábio Oliveira Neto, de 23 anos, também são alvos da operação. Dos quatro endereços ligados aos alvos, em dois a busca e apreensão foram cumpridas. Outros dois eram ligados a um despachante, que vendeu um carro ao ator Hitalon Bastos e à mãe dele e não foram revistados.

Durante a operação, foram apreendidos quatro carros e uma moto, avaliados em R$ 640 mil e bloqueio bancário de valores de R$ 635 mil. Outro carro, no valor de R$ 150 mil, está fora da capital e um dos investigados informou, através da defesa, que vai entregar o veículo à polícia. Isso totaliza o valor de R$ 1.425.000 milhão em bens apreendidos pertencente ao grupo de Evoney Fernandes.

As autoridades informaram que continuam as investigações para apurar a origem do dinheiro e a possível participação de outras pessoas no esquema de sorteios ilegais. E afirmam que de 36 sorteios realizados pelos investigados, 12 não constam os números sorteados e nem ganhador.

A operação nasceu a pedido da 7ª Promotoria de Justiça da capital, no dia 16 de janeiro deste ano, para apurar a prática de contravenção penal de exploração de jogo de azar e promoção de loteria sem autorização legal inicialmente pelo cantor Evoney Fernandes, da empresa “Ta no Grale Produções”, que deu nome à fase ostensiva da investigação.

Segundo a legislação brasileira, as rifas digitais são consideradas ilegais porque, ao contrário das rifas tradicionais, não há um controle rigoroso sobre a venda dos bilhetes e a realização do sorteio. Isso pode favorecer a manipulação dos resultados e prejudicar os participantes.

Para realizar esse tipo de sorteio, é preciso uma autorização da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria, do Ministério da Economia (Secap). Nenhum dos influenciadores investigados tinha essa autorização, informou o delegado.

Os investigados podem responder por contravenção penal relacionada à irregularidade, informou a polícia.
Evoney Fernandes é conhecido por suas apresentações musicais em eventos e festas particulares, nas redes sociais tem mais de 2,7 milhões de seguidores. Ele tem shows marcados nos municípios paraenses como Itaituba, Santarém Trairão.

Por meio de nota da assessoria, o artista explicou-se sobre a operação:

Em relação a operação policial denominada “Tá no Grale”, bordão usado por EVONEY FERNANDES, informamos que ele está à inteira disposição de todas as autoridades investigativas para prestar os esclarecimentos que se fizerem necessários. Ao que se colhe, não se cuida de crime, visto que a investigação diz respeito à realização de rifas, o que, acaso confirmado, se enquadra na hipótese legal de contravenção penal. Todos os bens de EVONEY FERNANDES foram adquiridos de forma lícita, são registrados em seu nome e declarados às autoridades competentes. Tão logo seja oportunizado o contraditório, os fatos serão devidamente esclarecidos. O artista se encontra no interior do Maranhão cumprindo agenda de shows normalmente. Estamos sempre à disposição.

Fonte: Portal RB1

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