O Laudo do Instituto Médico Legal (IML) constatou que Nádia Silva Freitas de Castro, de 30 anos, morreu por asfixia mecânica, causada por estrangulamento. O suspeito pela morte da mulher é o próprio companheiro, que está preso.
Nossa reportagem teve acesso ao documento que aponta a causa da morte, 10 dias após a mulher ter sido encontrada morta no apartamento onde morava com o marido e dois filhos. Conforme a perícia, as lesões encontradas no corpo de Nádia são condizentes com estrangulamento.
Ainda segundo o laudo, no corpo de Nádia não foi encontrado álcool etílico, revelando que a mulher não havia consumido bebida alcoólica antes da morte.
Marido suspeito
O marido de Nádia, Antonio Carlos Sousa da Cruz, contou que a mulher foi encontrada morta por volta das 8h30 da manhã do dia 12 de setembro. No entanto, o homem só comunicou a família de Nádia por volta das 15h, o que levantou suspeita dos familiares de Nádia.
Além disso, o homem foi até à 16ª Seccional Urbana de Santarém e registrou o caso como suicídio.
Na verdade, a suspeita é que o homem tenha matado a mulher com um fio elétrico de um eletroeletrônico (secador de cabelo) e depois teria amarrado uma corda no pescoço da vítima para simular o suicídio. Após morta, o homem ainda teria colocado um dos filhos para mamar em Nádia.
A prisão de Antônio Carlos foi decretada e ele foi preso no dia 14 de setembro, suspeito de ser o autor do feminicídio.
Agressões frequentes
Em escuta especializada, um dos filhos do casal revelou que as agressões de Antônio em Nádia eram frequentes. Os familiares de Nádia também relataram as agressões.
Os filhos
Após a morte de Nádia, as duas crianças, uma de 9 e outra de 2 anos, foram para o convívio da família materna, onde se encontram. Apesar do trauma, os familiares relataram que as crianças estão bem.
Fonte: G1 Santarém