quinta-feira, outubro 17, 2024

Operação Trapaça: Polícia Federal Combate Fraudes em Crédito Rural na Amazônia

Ação realizada em três estados desmantela organização criminosa e apreende R$ 100 milhões em bens.

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 16 de outubro de 2024, a Operação Trapaça, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa responsável por fraudes em processos de crédito rural, corrupção de servidores públicos e crimes ambientais, especialmente na região amazônica. A ação está sendo realizada nos estados do Pará, Mato Grosso e Goiás.

Foram cumpridos três mandados de prisão temporária, 17 mandados de busca e apreensão, além do afastamento de seis servidores públicos. Também foi determinado o sequestro de aproximadamente R$ 100 milhões em bens dos investigados, incluindo propriedades rurais. Os agentes estiveram também na Secretaria de Meio Ambiente em Itaituba, no sudoeste do Pará.

Conforme apurado nas investigações, uma empresa de regularização fundiária estaria envolvida na falsificação de documentos para instruir processos de solicitação de crédito rural. Essa prática permitia que infratores ambientais obtivessem financiamento destinado à exploração de áreas ilegalmente desmatadas.

As investigações indicam que aproximadamente 5 mil hectares de floresta foram desmatados e queimados após a liberação do crédito rural.

No decorrer das apurações, foi constatado que funcionários de uma empresa corrompiam servidores de secretarias de meio ambiente e órgãos fundiários, assegurando decisões favoráveis mediante o pagamento de propina.

A empresa de regularização fundiária envolvida no esquema teve suas atividades interrompidas e está proibida de operar no mercado. Além disso, uma agência bancária que teria concedido crédito a áreas embargadas por órgãos ambientais também teve suas operações de financiamento rural suspensas.

Diante dos fatos, as investigações prosseguirão para apurar se os valores recebidos foram utilizados para financiar crimes ambientais na Amazônia, identificar outros envolvidos no caso e garantir que os responsáveis sejam devidamente punidos.

Fonte: PFPA

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