Após uma reunião com representantes do Ibama e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o prefeito de Itaituba, no sudoeste do Pará. O prefeito Valmir Climaco, afirmou que os garimpeiros que atuam em áreas não permitidas para a exploração de ouro, sobretudo na Área de Proteção Ambiental (APA), do Tapajós, região do último conflito entre garimpeiros e agentes do Ibama, precisam de um prazo para retirar seus equipamentos e maquinários sem sofrer represálias das autoridades que combate o garimpo clandestino em terras indígenas e de proteção ambiental.
Na última sexta-feira (25), o garimpeiro José Garcia Vieira morreu, segundo o Ibama após trocar tiros com os agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recurso Renováveis Naturais (Ibama), durante uma operação de combate ao garimpo ilegal na APA do Tapajós.
A ação causou revolta na classe garimpeira e mobilizou políticos porta-vozes de garimpeiros para um protesto em frente à sede do IBAMA em Itaituba, nesta segunda-feira (28). Durante toda a manhã/tarde, o clima era tenso nos arredores da sede do Ibama, mas não houve registro de conflitos.
“A conversa que a gente teve nesta segunda-feira (28), foi mais pra isso. Pra dar uma pausa. Pra ver como é que vai ficar. Até mesmo porque tem muito garimpeiro que quer tirar seu maquinário, mas tem medo de botar na estrada e queimarem”, destacou o prefeito.
Valmir Climaco informou que o município vai entrar com um pedido para que a fiscalização seja suspensa e que os órgãos concedem um prazo para que os garimpeiros retirem seus equipamentos. “É muito triste a situação de Itaituba, que não estava preparada de uma hora pra outra parar o garimpo praticamente em mais de 80%.
Nós não temos nenhum documento que prove que foi queimado, mas estamos apurando também e com certeza a Prefeitura vai ver como é que vai ficar isso. Mas é lamentável. É uma situação muito crítica”, disse o prefeito.
Valmir também informou que o município deve acionar o governo do estado para encontrar uma alternativa para amparar as pessoas que há anos atuam na garimpagem na região do Tapajós. “Eu moro em Itaituba há muitos anos e nunca vi Itaituba na situação que tá.
Mas é a lei e nós com certeza vamos se posicionar. Vamos procurar o Governo do Estado para sabermos qual é a alternativa”, pontuou o gestor municipal.
Fonte: OestadoNet