A Polícia Civil do município de Vitória do Xingu, no sudoeste do Pará, foi informada por volta das 18h00 deste domingo, 18 de agosto, pela equipe de plantão do hospital municipal que a criança mencionada deu entrada na emergência em estado grave e desacordada.
A informação inicial era de que ela havia sido encontrada dentro de um balde com água, onde supostamente teria se afogado, na Rua Isolux, no bairro Paulistinha. Foram realizadas manobras de reanimação e a criança retornou com os batimentos, tendo sido entubada e posteriormente encaminhada ao hospital regional de Altamira.
A equipe médica percebeu sinais indicativos de laceração na região anal da criança, o que despertou a hipótese de que ela não havia sido vítima de afogamento. Em diligências, foi ventilado o nome do vizinho da criança, que logo em seguida foi apresentado na delegacia pela polícia militar.
O homem identificado como Willian de Almeida Morais aparentemente não goza das faculdades mentais, sendo “aposentado” por isso.
Em sede policial, o homem confessou o crime e afirmou que introduziu o dedo no ânus da criança enquanto mantinha a cabeça dela dentro da água para evitar alarde por parte dela, mas que não tinha intenção de matá-la e que era a primeira vez que o fazia.
A polícia ao realizar os procedimentos de praxe, muitos populares se aglomeraram em frente à delegacia pedindo justiça e ameaçando invadir o prédio para matar o acusado. De imediato, visando resguardar a integridade física da equipe e do suspeito, a equipe solicitou apoio da polícia militar local.
Os ânimos estavam exaltados e foi necessário um reforço da PM de Altamira, que veio acompanhada do Grupo Tático Operacional, com instrumentos de menor potencial ofensivo, OC e Elastômero. Apenas após a investida do grupo tático, a população foi dissipada da frente da delegacia e foi possível fazer o embarque do preso em uma viatura da PM, que entregou o preso na seccional de Altamira.
Durante a manifestação, a energia da delegacia foi desligada pela população; dois pneus da viatura foram furados ou murchos; além disso, tocaram fogo em um terreno baldio imediatamente vizinho ao prédio. O incêndio foi controlado por uma equipe dos bombeiros de Altamira. Também foram arremessadas pedras em direção à equipe no momento do embarque do preso.
Apesar de todo infortúnio, as equipes envolvidas na situação mantiveram a integridade física preservada.
Fonte: Plantão 24horas News