quarta-feira, novembro 20, 2024

Transição energética: o futuro da energia e como estamos chegando lá

A transição energética é um dos desafios mais importantes do século XXI

A troca das fontes de energia fóssil por renovável não é só uma questão de tendência, é uma missão urgente.

Quais são as iniciativas bem-sucedidas que estão realmente fazendo a diferença? E o que é importante superar para chegar a um futuro onde a transição energética seja viável? Saiba mais a seguir.

Tecnologias emergentes na transição energética

A energia solar está em cada vez mais telhados e até mesmo em fazendas. Isso só se torna possível porque os custos dos painéis solares caíram e sua eficiência aumentou.

Enquanto isso, os ventos geram energia por meio das turbinas eólicas offshore. A energia eólica se aperfeiçoou a um ponto em que as turbinas estão cada vez mais eficientes e discretas.

Vale destacar também o hidrogênio verde. Com a reação de eletrólise da água, tem-se uma fonte de energia limpa e poderosa. Esse hidrogênio pode abastecer desde grandes indústrias até os caminhões que cruzam continentes, sem emitir nada além de vapor d’água. 

Políticas globais e iniciativas bem-sucedidas

A transição energética é um jogo estratégico de grandes proporções, com governos ao redor do mundo se movendo. Sem políticas públicas sólidas, as iniciativas sobre energias renováveis não sairiam do papel.

O Acordo de Paris é um exemplo clássico desse esforço. É um pacto global prometendo limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais — é uma corrida desesperada contra o tempo, com metas audaciosas.

Já na Europa, o Green Deal é o destaque. Imagine um plano que visa transformar toda a economia do bloco e atingir a neutralidade de carbono até 2050. Os europeus estão com essa meta ousada: quem ainda depende de combustíveis fósseis pode sofrer com impostos sobre o carbono. Por outro lado, os que apostam em renováveis recebem incentivos generosos.

Enquanto isso, a Noruega está na frente de praticamente todos os outros países. Com quase toda sua matriz energética renovável, o país está tão em destaque que decidiu: a venda de carros a combustão interna vai acabar até 2025. Em poucos anos, comprar um carro movido a gasolina não será possível.

Do outro lado do Atlântico, os Estados Unidos também estão movimentando suas peças com rapidez. Pacotes de estímulo do governo federal oferecem incentivos fiscais para energias renováveis e colocam foco no desenvolvimento de tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCS), uma jogada que pode mudar o jogo no longo prazo.

Iniciativas bem-sucedidas

A cidade de Copenhague (Dinamarca) está buscando tornar-se neutra em carbono até 2025.  Seu foco é ir além. No entanto, a cidade busca tornar-se o local ideal para ciclistas, além de apostar forte no transporte público elétrico.

A Islândia praticamente não usa mais combustíveis fósseis. O país tem tanto potencial geotérmico e hidrelétrico que eles conseguem aquecer suas casas e iluminar suas ruas só com o poder da Terra e da água.

A South Australia, um estado da Austrália, construiu uma das maiores baterias de íon-lítio do planeta para armazenar energia renovável do Sol e dos ventos. Eles conseguem garantir um fornecimento estável de eletricidade, mesmo quando a demanda dispara.

Desafios a serem superados

Um dos maiores desafios na transição energética é a intermitência das fontes renováveis. Sol e vento são imprevisíveis e, mesmo com o avanço das energias solar e eólica, a imprevisibilidade continua sendo um obstáculo.

As baterias estão melhorando de qualidade, mas ainda precisa-se de melhores soluções de armazenamento. A corrida por baterias mais potentes e de maior capacidade continua.

As redes atuais de transmissão de energia, em muitos países, não foram feitas para lidar com essa nova realidade renovável. Elas precisam ser redesenhadas, modernizadas e — o mais importante — tornadas inteligentes. Sem isso, a integração das renováveis em grande escala passará por dificuldades.

Regiões que dependem dos combustíveis fósseis para sobreviver, como o Oriente Médio e partes da América Latina, enfrentam incertezas. Precisa-se de uma política de transição justa, que proteja trabalhadores e comunidades dependentes dessa energia, oferecendo novos caminhos. Sem essa atenção, a transição pode acabar ampliando desigualdades, criando vencedores e perdedores.

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