Não é preciso ir muito longe para se deparar com a doença de Alzheimer (DA). Muito provavelmente você tem alguém do seu círculo familiar ou da sua rede de amigos que foi diagnosticado com a doença, que é neurológica, progressiva e fatal. De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), a forma mais comum de demência, correspondendo a 60 – 70% dos casos.
Atualmente, um bilhão de pessoas são afetadas por condições neurológicas, 13% de toda a população global. É muito importante lembrar que o Alzheimer não afeta só quem tem a doença, a condição impacta toda a família.
Mas parece que agora a doença pode ser controlada, segundo os cientistas da americana UTHealth Houston, se as pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina contra a gripe têm 40% menos risco de desenvolver a doença de Alzheimer ao longo de quatro anos.
O estudo comparou o risco de incidência da doença entre pessoas com e sem vacinação prévia em quase 2 milhões de pessoas com 65 anos ou mais.
“A vacinação contra a gripe em adultos mais velhos ‘reduz o risco’ de desenvolver Alzheimer ao longo de vários anos, e esse efeito protetor aumentou com o número de anos que uma pessoa recebeu uma vacina anual”, disse um dos autores do estudo, Avram Bukhbinder, em comunicado.
O cientista ressaltou que pesquisas futuras devem avaliar se a imunização contra a gripe também está associada à taxa de progressão dos sintomas em pacientes que já apresentam demência de Alzheimer. Ainda segundo o especialista, estudos anteriores notaram uma diminuição do risco de demência associada à exposição prévia a várias vacinas na idade adulta, incluindo as contra tétano, poliomielite e herpes, entre outras, além da vacina contra a gripe.
O estudo, publicado na revista científica Journal of Alzheimer’s Disease, analisou dois grupos, cada um formado por 935.887 pessoas, um vacinado contra a gripe, e o outro, não.
Os participantes foram acompanhados por quatro anos. Nas consultas de acompanhamento, verificou-se que cerca de 5,1% dos pacientes vacinados contra a gripe desenvolveram a doença de Alzheimer, em comparação com 8,5% dos não vacinados.
Esses resultados, segundo a equipe, “destacam o forte efeito protetor da vacina contra a gripe contra a doença de Alzheimer. No entanto, os mecanismos subjacentes a esse processo requerem um estudo mais aprofundado”.
Com informações R7