A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde, participa, de 5 a 7 de abril, no auditório da Unifamaz, em Belém, de reunião com técnicos do Ministério da Saúde para discutir o Plano Operacional Unificado para Eliminação do Sarampo no Pará, onde foram confirmados 120 casos da doença em 2021.
Estão participando gestores, coordenadores e técnicos das áreas de Imunização, Vigilância Epidemiológica, Atenção Primária em Saúde, Atenção Hospitalar, Saúde Indígena, Laboratório Central do Estado (Lacen-PA) e Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems).
Neste primeiro dia de evento, houve exposição sobre a situação do sarampo, abordando sobre cobertura vacinal, dados epidemiológicos, laboratório, Atenção Primária à Saúde, apresentação do Plano Operacional Unificado e do cronograma de ações.
O objetivo é apresentar o Plano Operacional Unificado para Eliminação do Sarampo e os dados das áreas envolvidas, realizar um treinamento rápido para técnicos da área laboratorial, e tratar sobre a campanha de vacinação contra o sarampo entre outros assuntos.
A diretora de Vigilância Epidemiológica, Adriana Veras, disse que é fundamental a participação de todas as áreas técnicas do Nível Central, Regional e Municipal. “Precisamos unir forças para eliminarmos o sarampo, mais uma vez, do Pará e do Brasil. Contamos com a participação de todos”, enfatizou.
Sinais e sintomas – O sarampo é uma doença infecciosa aguda viral transmitida pela tosse, fala, espirro ou respiração de pessoas doentes. O paciente deve procurar atendimento médico logo que apresentar os primeiros sinais e sintomas da doença, que são febre, tosse, coriza, conjuntivite e manchas vermelhas na pele. Todas as pessoas não vacinadas e que nunca adoeceram de sarampo são suscetíveis ao adoecimento, só a vacina garante a proteção. A vacina tríplice viral protege contra sarampo, rubéola e caxumba e está disponível nas salas de vacinação das unidades de saúde.
A pessoa com suspeita da doença deve procurar imediatamente atendimento médico para que seja feita a notificação do caso e a equipe de saúde possa agir para interromper a circulação do vírus entre as pessoas que tiveram contato com o doente.
Adriana Veras ressaltou que os casos suspeitos de sarampo têm que ser notificados até 24 horas após o atendimento, para que seja iniciado o protocolo da Vigilância Epidemiológica pelo município e estado, que inclui diversas ações como busca ativa dos contatos não vacinados até 48h, o bloqueio vacinal independentemente se o caso é ou não confirmado até 72 horas após a notificação, entre outras.
Campanha de Vacinação – Desde 2018, o Ministério da Saúde, Estados e Municípios vêm desenvolvendo ações para eliminar o sarampo novamente do Brasil. A principal ação é o resgate da cobertura vacinal com a vacina tríplice viral, que continua baixa.
Por isso, com esse objetivo, mais uma campanha de vacinação contra o sarampo está em andamento, desta vez, juntamente com a Campanha de Vacinação contra a Gripe (Influenza), que foi lançada na última segunda-feira (04) e será dividida em duas etapas.
Nesta primeira etapa, que vai até o dia 2 de maio, o foco da vacinação será a população acima de 60 anos e trabalhadores da área de saúde. Os idosos receberão apenas a vacina contra a gripe (influenza), enquanto os trabalhadores da área de saúde receberão as duas vacinas oferecidas na campanha de acordo com a situação vacinal. Quem apresentar duas doses da vacina é considerado vacinado.
Já na segunda etapa, de 3 de maio a 3 de junho, a campanha é destinada às crianças de seis meses a cinco anos de idade, gestantes e puérperas, população indígena, professores, pessoas com deficiência, membros das forças armadas e de segurança, profissionais motoristas de transportes rodoviários como ônibus e caminhões, trabalhadores de portos e do sistema prisional, além da população privada de liberdade.
Serviço: para tomar a vacina contra a gripe e sarampo, a população deve procurar os postos de vacinação em seu município.
Fonte: Agência Pará