O clima de revolta tomou conta do Distrito de Moraes Almeida, em Itaituba, sudoeste do Pará, após a chegada de um grupo de pelo menos sete pessoas, que já haviam passado pela região cerca de um mês antes. Segundo testemunhas, os indivíduos invadiram uma serraria embargada, alegando que estavam lá para retirar uma quantidade de madeira doada para a Prefeitura de Belterra. No entanto, não apresentaram mandado de busca e apreensão, o que gerou desconfiança e indignação entre os moradores.
Com a chegada da Polícia Civil, foi mencionado um termo de doação da madeira. Apesar disso, empresários e populares acusaram o grupo de tentar extorquir empresários locais, cobrando valores indevidos para a suposta liberação de material.
Durante a abordagem, os policiais identificaram que um dos homens era policial penal e portava uma arma sem autorização, sendo autuado por porte ilegal de arma de fogo, junto com outro integrante do grupo. A arma foi apreendida, e os suspeitos foram conduzidos à delegacia para prestar esclarecimentos.
Delegado Vicente Gomes explica as investigações
O delegado Vicente Gomes, superintendente da 19ª Seccional de Polícia Civil, afirmou que todos os envolvidos estão sendo ouvidos e que a investigação busca esclarecer se houve tentativa de extorsão e a participação de agentes públicos no caso.
Segundo o delegado, há relatos de que grupos semelhantes já passaram por outros municípios, como Altamira, Placas e Uruará, exigindo quantias entre R$ 250 mil e R$ 500 mil para liberar mercadorias supostamente apreendidas.
“Estamos apurando se há uma organização atuando nesse tipo de crime. Qualquer envolvimento de agentes públicos será comunicado às autoridades competentes, como o comando da PM e o Ibama”, declarou o delegado.
Conversas telefônicas e áudios de WhatsApp estão sendo coletados como potenciais provas. Com a transferência dos envolvidos para Itaituba, a Polícia Civil seguirá com as investigações. Já a apuração sobre possíveis cobranças indevidas por agentes públicos deverá ser conduzida pelo Ibama, órgão federal responsável por fiscalizar esse tipo de situação.
Assista ao vídeo:
A transferência dos detidos para Itaituba deve ocorrer em breve, onde a Polícia Civil dará continuidade às investigações. Enquanto isso, o caso segue repercutindo entre empresários e moradores da região, que cobram providências das autoridades para evitar novas ocorrências semelhantes.
Fonte: Plantão 24horas News – Jornalista Mauro Torres
