Durante visita à Floresta Nacional do Tapajós, em Belterra, no oeste do Pará, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou neste domingo (2) a importância do diálogo com os povos tradicionais da Amazônia e o compromisso do governo em solucionar os problemas enfrentados por comunidades locais. A visita ocorreu a menos de um ano da realização da COP30, que será sediada em Belém, em 2025.
“Essa COP30 é um momento único na história do Brasil, porque é o momento em que estamos obrigando o mundo a olhar a Amazônia com os olhos que deve olhar. Não é só manter a floresta em pé, é preciso dar sustentação econômica, educacional e de saúde para quem vive nela. Essa é a nossa obrigação”, afirmou o presidente.
Durante a passagem pela comunidade Jamaraquá, Lula disse que o principal objetivo da visita foi ouvir as comunidades locais e compreender suas necessidades.
“A ideia é fazer um levantamento real da situação que vocês vivem. Lá de Brasília é difícil enxergar, por isso viemos aqui para aprender, ouvir as reivindicações e mostrar que tudo o que pedem é possível resolver”, destacou.
O presidente também enfatizou que saúde, educação e regularização fundiária são deveres do governo.
“Cuidar da saúde é nossa obrigação, melhorar a educação é nossa obrigação, resolver títulos de terra é nossa obrigação. Precisamos trabalhar mais para vencer a burocracia”, declarou Lula.
Acompanhado da primeira-dama Janja da Silva, da ministra Marina Silva e de outras autoridades, o presidente conheceu o trabalho de moradores locais, como a movelaria sustentável e a produção de biojoias, feitas com sementes e matérias-primas da floresta. O grupo também acompanhou a demonstração do processo de extração do látex e produção de borracha por seringueiros da região.
Durante o encontro, lideranças comunitárias entregaram a Lula documentos com demandasrelacionadas à demarcação de terras indígenas e pautas ambientais. O presidente aproveitou o momento para reafirmar o compromisso com a educação e anunciar a criação de duas novas universidades: a Universidade Indígena e a Universidade do Esporte.
“Muitos jovens terminam o ensino médio e não conseguem estudar em Santarém. Vamos criar a Universidade Indígena, com sede em Brasília e campi em vários estados, e a Universidade do Esporte, para formar técnicos, médicos e atletas. Quem sabe daqui não sai o jogador que vai nos ajudar a ganhar a próxima Copa do Mundo”, disse Lula.
A agenda presidencial no oeste do Pará começou pela manhã, com visita à Aldeia Vista Alegre do Capixauã, e seguiu pela Flona do Tapajós. A comitiva deixou Jamaraquá por volta das 18h, com destino a Belém, onde Lula cumpre compromissos oficiais nesta segunda-feira (3).
Fonte: g1 Santarém


