quinta-feira, dezembro 5, 2024

MPF diz que é inverídica a informação de que a Instituição pediu a paralização da atividade garimpeira na Região do Tapajós por seis meses

Na última terça-feira (24), a Associação de Mineradores de Ouro do Tapajós (AMOT), informou através de uma emissora de TV local e para nossa equipe de reportagem aqui do Portal Plantão 24Horas News, que um inquérito de Ação Civil, havia sido movido pelo Promotor Federal do município, pedindo a paralização de toda e qualquer atividade garimpeira na bacia do Tapajós, para que um estudo técnico e avançado sobre a poluição do mercúrio no pescado e na própria população fosse realizado.

Segundo o Delegado Nacional da AMOT, José Altino, caso as atividades de garimpo fossem paralisadas na bacia do Tapajós, a Economia da Região seria extremamente afetada.

“O pedido do Ministério Público Federal aqui, é de que paralisassem as atividades do Tapajós, todas as atividades de extração mineral por seis meses, pra fazer uma pesquisa do avanço da poluição mercurial no Tapajós. Eles acreditam que esta poluição mercurial que aí está, seja em função do mercúrio de garimpo. Quando uma situação não tem nada haver com a outra, uma é a situação do mercúrio presente nas plantas da Amazônia e outra do garimpo, eu acredito sinceramente que ele esteja agindo desta forma pela pouca experiência que ele tem, pela pouca visão que tem de um todo a nível Nacional e Regional, porque realmente, ele não tem ideia da dimensão do mundo que ele quer parar e também ele não disse vamos parar no Tapajós e vamos fazer o que com as pessoas do Tapajós? Ele nem imagina a quantidade de pessoas que dependem desta atividade, a atividade é brutal, o Tapajós dos 42 bilhões por ano das atividades minerais na Amazônia é responsável por pelo menos 30. Então ele não tem ideia do que ele está fazendo, ele está igual aquelas pessoas que só escuta o que ele quer e anda com quem deseja. Então ele não forma a opinião de um todo, ele não entende o que de um todo e não tem responsabilidade com as próprias atitudes que tem. Quer dizer, a pessoa precisa ter respeito e cavalgar em razão dos outros, se não vai acabar causando um desastre pra nós aqui”.

José Altino, Delegado Nacional da AMOT

Além da Associação de Mineradores de Ouro do Tapajós (AMOT), a liderança dos garimpeiros da Região, disse que estava acompanhado de perto toda a Ação do Ministério Público e para ela, a suspensão da atividade que movimenta mais de 80% da economia sofreria muito.

“Olha se isso realmente vier acontecer, o município, a região do Tapajós vai sofrer muito economicamente. Iremos ao caos porque aqui 80% gira em torno da atividade garimpeira, então a gente tem que se unir entre cooperativas, institutos, todo mundo buscar essa união e levar a Autoridade um pedido de que isso não possa ocorrer no município, esse pedido inclusive está em tramitação e a gente estará levando representantes para que possam procurar a justiça para intervir a este pedido”. Garantiu Letícia Estrela, líder dos garimpeiros do Tapajós.

Letícia Estrela, líder dos garimpeiros do Tapajó/Foto: Portal Plantão24Horas News

Durante esta sexta- feira (27), uma nota em resposta ao que foi noticiado, foi encaminhada pelo Ministério Público Federal à imprensa, onde consta que a informação foi veiculada sem consulta ao MPF apenas com base da associação ligada ao garimpo.

O Ministério Público também informou que Fake News como essa podem prejudicar um amplo trabalho do MPF e que o que de fato ocorreu foi que houve um pedido para que a justiça obrigue a União, a Agência Nacional de Mineração e o Banco Central a adotarem imediatamente ações para combater a ocorrência sistemática e generalizada do esquentamento do Ouro, que é a prática de fraudes para disfarçar a origem do minério extraído de forma clandestina e assim colocar no mercado como produto de origem legal.

Veja a nota do MPF:

Nota de esclarecimento do MPF à Imprensa/Foto: Reprodução Nota MPF
Nota de esclarecimento do MPF à Imprensa/Foto: Reprodução Nota MPF

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Fonte: Portal Plantão24Horas News

 

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