A operação de retirada de atividades não permitidas em terras indígenas já vinha sendo preparada desde 2021, mas só neste ano foi iniciada. Foi montada uma força-tarefa, envolvendo vinte e um ministérios, as forças federais de segurança pública, agências nacionais, o Ibama e o Exército, para percorrer as terras indígenas e identificar essas atividades; retirar pessoas, equipamentos e materiais que ofereçam qualquer ameaça ao modo de vida, cultura, manutenção e à saúde dos povos indígenas.
A operação acontece nos estados do Maranhão, Rondônia, Roraima e Pará. Das quatro terras indígenas incluídas, duas já foram visitadas. Nesta fase, a operação entra na terra indígena Munduruku, entre os municípios de Itaituba e Jacareacanga, chegando à divisa com o estado do Amazonas.
No Pará, quatro terras indígenas estão incluídas na operação: Apyterewa, Trincheira, Munduruku e Kayapó. As duas primeiras já receberam a operação, que inicia neste sábado na terra indígena Munduruku e em seguida entra na TI Kayapó.
A última reunião de alinhamento aconteceu no quartel do 53º Batalhão de Infantaria de Selva, uma das organizações do Exército que está dando maior apoio tático e operacional, com grande efetivo de pessoal e mais de vinte viaturas, entre caminhões, caminhonetes e veículos de apoio, somando-se às mais de vinte viaturas disponibilizadas, além de um helicóptero do Ibama.
O secretário de Direito Territorial do Ministério dos Povos Indígenas, Marcos Kangang, enfatiza que a operação tem um objetivo social, mas também destaca que no curso das ações qualquer irregularidade observada será combatida de acordo com o planejamento, inclusive a possível conivência de lideranças indígenas com as atividades ilegais no território.
Fonte: Plantão 24horas News -Jornalista Mauro Torres