Depois que se tornou público que a Polícia Civil está investigando casos de estelionato que estariam sendo aplicados por uma cantora em Rurópolis, no sudoeste do Pará, outras pessoas começaram a procurar a delegacia do município para denunciar a suspeita.
O proprietário de um estabelecimento formalizou a denúncia na quinta (16). De acordo com o empresário, a mulher chegou ao bar e pediu whisky e energético. A conta total da cantora deu, aproximadamente, R$ 1500.
A cantora saiu do bar sem pagar a conta. Em outro momento ela retornou ao bar e foi informada pelo proprietário que só poderia consumir ou cantar no local se pagasse, ao menos, metade do prejuízo causado.
O dono do estabelecimento ainda conseguiu que a cantora pagasse parte do prejuízo, mas ela ainda ficou devendo R$ 730.
Ao saber que a mulher estava sendo denunciada por aplicar golpes, o proprietário resolveu também formalizar a denúncia na delegacia do município.
A Polícia Civil explica como funciona o golpe e como se prevenir:
- A vítima passa o valor de pagamento e a chave Pix para o golpista;
- O criminoso, agindo de má fé, após ganhar a confiança do credor agenda o pagamento para horas ou dias depois e cancela a transferência;
- O golpista envia o comprovante de agendamento alterado por meio de ferramentas de edição de imagens, fazendo a vítima acreditar que o pagamento foi efetuado;
- E o grande prejuízo é que o produto ou serviço é entregue ao golpista, mas o vendedor não recebe o valor acordado.
O delegado orienta que os comerciantes busquem sempre referências do cliente e por se tratar de uma transação instantânea, sempre confiram o saldo e desconfiem caso o Pix demore a cair em suas contas bancárias, e somente entreguem os produtos ou serviços após a confirmação de que o valor acordado foi de fato transferido.
“O golpe do Pix agendado configura crime de estelionato, por isso, é necessário fazer um boletim de ocorrência para início das investigações, o que inclusive pode resultar na prisão preventiva dos golpistas”, explicou o delegado Ariosnaldo Vital Filho.
Sobre o caso registrado no município de Rurópolis, a Polícia Civil informou que a suspeita já foi identificada e está tomando as medidas legais cabíveis em favor das vítimas, pois mesmo buscando contato com a mulher cuja a profissão é cantora, ela se recusa a ser notificada para prestar esclarecimentos no inquérito policial.
O crime de estelionato tem pena de reclusão de 1 a 5 anos.
Fonte: g1 Santarém