A estiagem prolongada que atingiu a Amazônia no último verão foi reconhecida como a maior seca dos últimos cem anos, e foi decisiva para a execução de uma obra que vinha sendo estudada há décadas, o aprofundamento do canal do rio Tapajós, por onde é feita a travessia entre Itaituba x Miritituba.
O fundo do rio é irregular e, em alguns pontos, chega a ficar com menos de dois metros e meio, o que dificulta a navegação. Devido à estiagem, até mesmo o transporte de grãos pelas barcaças foi reduzida em mais de 70%, forçando as empresas a estenderem a viagem até os portos de Santarém, no oeste do Pará.
O deputado José Priante foi o articulador do projeto junto ao governo Federal através do Departamento de Infraestrutura de Transporte, o DNIT. Durante a visita ao ponto em que está sendo executada a dragagem, o deputado solicitou à empresa contratada que agilize o trabalho para evitar contratempo, devido à subida acelerada do rio Tapajós.
A visita foi acompanhada do superintendente do DNIT no Estado, que falou da importância do rio Tapajós para o maior corredor logístico da região Norte, e que este serviço será de grande importância para região.
Segundo a empresa RP Dragagem, o projeto prevê o aprofundamento do rio por uma extensão de três mil metros quadrados, em um espaço de 200 por mil e quinhentos metros.
O equipamento trabalha vinte horas por dia, com produção de 400 metros cúbicos por hora, com a meta de retirar 1 milhão e 600 mil metros cúbicos de areia.
Ainda de acordo com a empresa, devido à movimentação incessante na geografia do rio, é possível que seja necessária uma nova dragagem em um tempo ainda não estimado.
A obra ainda não teve o seu valor total divulgado, mas o recurso do orçamento da União, foi alocado pelo deputado Priante, que, mesmo em recesso, veio acompanhar o andamento do projeto.
O prefeito Valmir Climaco foi quem presidiu a visita, acompanhado do secretário de Governo Diego Mota e do vice-prefeito Nicodemos Aguiar.
Durante a visita, o superintendente do DNIT Daniel Benitah, ainda comentou a preocupação do Ministério dos Transportes em relação aos trechos da rodovia Transamazônica que ainda estão em leito natural, entre os municípios de Itaituba, Rurópolis e Jacareacanga.
Fonte: Plantão 24horas News – Repórter Mauro Torres