sábado, setembro 7, 2024

HMS alerta para cuidados com picada de escorpião na área urbana de Santarém, no PA

Eliara Bendelack foi picada por um escorpião preto em uma frutaria do bairro Santa Clara nesta terça-feira (24). Ela chegou ao Pronto Socorro Municipal de Santarém (PSM) com dor e leves espasmos em um dos dedos da mão direita, o fluxo para acidentes com animais peçonhentos foi realizado de imediato com a aplicação do soro antiescorpiônico. O HMS é referência no oeste do Pará nesse modelo de acolhimento.

A paciente conta que foi comprar uma palma de banana para a mãe no bairro onde moram, e, ao escolher e segurar o fruto sentiu uma picada. De acordo com ela, não imaginou que era um escorpião. “Eu falei para o dono da venda que estava atendendo que eu tinha sentido um choque no dedo, doeu bastante, eu achei que era uma abelha. Eu descobri o que de fato era quando uma banana soltou da palma, o escorpião caiu em cima do balcão. Eu tomei um susto enorme”, relata.

Após o acidente escorpiônico, ela se dirigiu ao PSM com o Arachnida morto em um recipiente. A equipe multiprofissional, que já é treinada para esse tipo de atendimento, aplicou o soro e o Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar do HMS (NVEH) fez a notificação. “Graças a Deus eu fui atendida em 10 minutos. Então acredito que isso fez toda diferença para eu não ter piora no quadro. O atendimento foi maravilhoso, o infectologista pediu alguns exames e o meu dedo não demonstra sinais de inflamação”, enfatizou Eliara, que já recebeu alta médica.

Segundo o infectologista do HMS, Dr. João Assy, existem centenas de espécies de escorpião e nem todas causam problema grave de saúde, no entanto, ele alerta que quando alguém for picado que se dirija ao Hospital. “Na nossa região a espécie que causa um problema maior de saúde é do tipo preto da Amazônia. Então é feito uma análise para aplicar o soro e evitar complicações e até a morte”, explica.

O especialista alerta ainda para precauções no dia-a-dia com objetivo de evitar o acidente. “Essas espécies de animal gostam de entulho, madeira, nesse caso, muito cuidado ao limpar a casa ou o quintal, ele pode grudar na roupa, entrar no sapato e ficar em meio a objetos, frutas. A época mais comum é no verão, porém nesse período não são descartados casos”, orienta.

Foto: HMS

Dados de atendimento

O HMS é referência no oeste do Pará nesse modelo de acolhimento e tem um o NVEH que é credenciado e reconhecido pelo Ministério da Saúde para fazer a identificação, notificação e manejo dos acidentes com animais peçonhentos, que inclui os acidentes com escorpiões.

Em 2022, o Hospital recebeu 271 pacientes após picada de escorpião e em 2021 foram 196 atendimentos. Neste mês, até o momento, a equipe assistencial já acolheu 15 pessoas, incluindo o caso na área urbana da cidade, no bairro Santa Clara. Em geral, as notificações ocorrem nas comunidades rurais e do planalto santareno.

Natashia Santana
Ascom do HMS

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