O distrito de Miritituba, em Itaituba, no sudoeste do Pará, às margens da BR-163, BR-230 e do rio Tapajós, consolidou-se como um dos principais polos logísticos do Arco Norte, desempenhando papel crucial no escoamento de grãos produzidos no Mato Grosso e no Pará para o mercado internacional.
Com 17 Estações de Transbordo de Cargas (ETCs), a região funciona como um hub multimodal, integrando transporte rodoviário e fluvial de forma eficiente, com redução de custos e menor emissão de carbono. As ETCs permitem a transferência segura de cargas entre modais, possibilitando que a produção agrícola siga por barcaças até portos de exportação, como Santana (AP), Santarém e Barcarena (PA).
Segundo Flávio Acatauassú, presidente da Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Amazônia (AMPORT), Miritituba é um exemplo de logística eficiente e sustentável. “A logística rodo-fluvial oferece custos mais vantajosos e uma operação mais descarbonizada em comparação com outros corredores”, afirma.
Entre os desafios, estão a implantação dos ramais rodoviários previstos na concessão da BR-163 e a perenização da navegação do rio Tapajós durante o período de seca. No entanto, projetos como a Ferrogrão prometem reduzir ainda mais os custos logísticos e ampliar a sustentabilidade do corredor do Arco Norte.
Empresas instaladas em Miritituba seguem normas ambientais e mantêm parcerias com a Prefeitura de Itaituba para ações de responsabilidade social. A AMPORT atua na articulação entre setor privado e governo, promovendo políticas públicas e melhorias na cadeia logística da Amazônia.
O desempenho do Arco Amazônico também é positivo: de janeiro a julho de 2025, a movimentação de soja e milho passou de 19,5 milhões para 20 milhões de toneladas, com destaque para Itacoatiara (AM), que registrou crescimento de 33,49% na movimentação de grãos.
Com investimentos contínuos, integração modal e foco na sustentabilidade, Miritituba se consolida como elo essencial da logística nacional, conectando as regiões produtoras do Brasil ao mercado global e reafirmando o potencial do Arco Norte como vetor de desenvolvimento sustentável para a Amazônia.
Fonte: Plantão 24horas News
