domingo, maio 19, 2024

Paraense vira réu por atentando em Aeroporto de Brasília

No dia 24 de dezembro do ano passado, três pessoas foram acusadas de envolvimento na tentativa de explosão de um artefato instalado em um caminhão-tanque de combustível, nos arredores do aeroporto de Brasília. Os envolvidos foram identificados como Alan Diego dos Santos, Welligton Macedo de Souza e o paraense Washington de Oliveira Sousa. Naquela ocasião, o motorista do caminhão percebeu que havia um objeto estranho no veículo e acionou a Polícia Militar.

Um documento assinado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) aceitou a denúncia contra os três acusados de tentativa de explosão do artefato instalado no caminhão-tanque. Essa decisão veio do juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal de Brasília, é da primeira instância e atende denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), baseada em investigações da Polícia Civil.

De acordo com o que consta na denúncia, os três acusados montaram o artefato e entregaram o material para Wellington Macedo, para que fosse colocado no caminhão de combustível.

Os acusados se tornaram réus e diante dos fatos vão responder na Justiça pelo crime de explosão, quando se expõe “a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”. A pena pode variar de 3 a 6 anos de prisão e resultar em multa.

Considerando que o crime foi executado tendo como alvo um depósito de combustível, o Ministério Público considera que é preciso aumentar a pena em 1/3. Por outro lado, as acusações de atos de terrorismo vão ser enviadas para a Justiça Federal, instância competente para analisar se estão configurados crimes contra o Estado Democrático de Direito.

Investigações

Segundo o que foi apurado pelos investigadores, todo o plano idealizado pelos acusados com a utilização de artefatos foi feito no acampamento montando em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, local onde se concentra bolsonaristas golpistas.

Ainda segundo o que foi investigado, o trio pretendia colocar os explosivos inicialmente próximo a um poste, já pensando em comprometer a distribuição de energia elétrica na capital para causar um dano maior. No entanto, eles mudaram de ideia e acabaram colocando o artefato no caminhão-tanque.

Alan e George ainda chegaram a se falar por aplicativo de mensagem e trocaram fotos do explosivo, segundo afirmou a Polícia Civil. Também foi constatado que um carro que seria da esposa de Wellington também chegou a circular nos arredores dos corredores.

O caso poderá ser analisado no âmbito da Operação Nero, que investiga os atos de vandalismo ocorridos em Brasília no último dia 12, já que a Justiça também atendeu ao pedido de MP de enviar a parte da investigação sobre organização criminosa para a Procuradoria-Geral da República.

Fonte: Jornal Floripa

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