sábado, julho 19, 2025

Prainha notifica dois casos suspeitos de meningite bacteriana; um paciente morreu e outro aguarda leito

Vigilância em Saúde adotou medidas preventivas no hospital municipal; Secretaria de Saúde reforça orientações à população.

A Vigilância em Saúde Municipal de Prainha, no oeste do Pará, divulgou uma nota informativa sobre a notificação de dois casos suspeitos de meningite bacteriana no município. Um dos pacientes faleceu no último dia 27 de junho. O segundo permanece internado na Unidade Mista Wilson Ribeiro, em isolamento respiratório, aguardando, desde terça-feira (1º), a liberação de um leito por meio da regulação da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

Segundo o enfermeiro Bruno Laurido, da Vigilância em Saúde, o paciente internado apresentou leve melhora após o início do tratamento com antibióticos.

Para conter os riscos de contaminação — já que a doença é altamente contagiosa e a transmissão ocorre por gotículas respiratórias, como em casos de tosse ou espirros, ou por contato próximo com secreções —, a Secretaria Municipal de Saúde de Prainha adotou medidas preventivas. Entre elas estão a suspensão das visitas hospitalares e das cirurgias eletivas. Está permitida apenas a troca de acompanhantes nos horários de 7h e 19h, com uso obrigatório de máscara.

A pasta também orienta a população a seguir as seguintes recomendações:

• Utilizar máscaras de proteção sempre que possível;

• Evitar locais com aglomeração;

• Manter o esquema vacinal atualizado na Unidade de Saúde mais próxima.

Meningite bacteriana

A meningite bacteriana é uma infecção grave das meninges — membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal — causada por bactérias. Trata-se de uma emergência médica que exige tratamento imediato com antibióticos.

Os sintomas mais comuns incluem febre alta, dor de cabeça intensa, rigidez na nuca, alterações mentais (como confusão e sonolência), náuseas, vômitos e sensibilidade à luz. Em bebês, podem ocorrer irritabilidade, vômitos, falta de apetite, abaulamento da moleira e convulsões.

A doença pode deixar sequelas como perda auditiva, danos neurológicos, paralisia, dificuldades de aprendizagem, problemas de memória e, em casos graves, pode levar à morte.

Vacinação

Desde o dia 1º de julho, o Ministério da Saúde passou a ofertar a vacina meningocócica ACWY no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças de 12 meses de idade. A medida amplia a proteção contra os principais sorogrupos da bactéria causadora da meningite.

Antes, o esquema vacinal incluía duas doses da vacina meningocócica C, aplicadas aos três e cinco meses, com reforço aos 12 meses. Com a nova diretriz, o reforço aos 12 meses passa a ser feito com a vacina ACWY, que protege contra os sorogrupos A, C, W e Y.

Fonte: G1 Santarém 

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