sábado, outubro 5, 2024

Sonhos de criança – A menina e o Vento

E o tempo encontrou o delegado

Tempo:
-Ei Delegado quanto tempo, entre idas e vindas, seja bem-vindo. Tenho boas novas. Lembra do vento? Aquele das crônicas?! Deixa eu te contar.

E o delegado olhou para o tempo, ele irradiante lhe contou que o vento, um dia, novamente encontrou outra criança.

Vento:
-Olá menina!

E a menina encantada com o vento contou seu sonho.

Menina:
-Vento eu quero ser grande.

Ele respondeu:
-Ainda não menina. Um dia irás conhecer o senhor TEMPO ele vai te mostrar que tudo tem um momento exato para acontecer, para florescer e amadurecer.

E o vento continuou:
-Menina por que queres ser grande? Já sei o motivo por que queres ser uma astronauta, ou uma piloto de helicóptero, ou uma mágica, uma cantora, uma estela da música, uma artista famosa, uma cientista, uma professora, uma construtora, uma médica, uma veterinária uma advogada, uma engenheira, uma marinheira, uma bombeira, uma policial civil.

Menina:
-Isso mesmo, uma policial civil com direito a farda preta completa, boné, óculos escuros, distintivo, coldre, pistola e algemas.

Vento:
-Calma menina, você pode ser tantas coisas. Temos tempo para isso. O TEMPO te trará sonhos, mas para realizar deves seguir um caminho.

Menina:
-Que caminho?

Vento:
-Do coração, ele não se engana. Fique atenta para os sinais. E depois que você escutá-lo terá a certeza do que deve correr atrás. A voz do coração impulsiona nossos sonhos e realizações.

Menina:
-E você Vento o que faz na vida?

Vento:
-Eu danço com a vida. Estou aqui, ali e em qualquer lugar. Trago alívio para aqueles que precisam. Também sou destrutivo, mas por puro reflexo de ato humano danoso. Na verdade o que gosto mesmo de fazer, é trazer e levar lembranças. Lembrar aos adultos, que também já foram meninos e meninas, e que em algum dia também brincamos na rua, numa avenida em pleno 7 de setembro ou que construímos castelos de areia.

E o fim da tarde chegou:
A menina pensativa perguntou:

-Vento quando a gente vai se ver de novo?

O vento respondeu:
-A qualquer hora a gente pode se encontrar de novo, e vou guardar esta lembrança, este sonho de uma civil estampado em sua farda. Vou conversar com o TEMPO, senhor de todos os hinos, para inspirar cada vez mais este pequeno coração.

E a Menina e o Vento marcharam a tarde inteira numa avenida em pleno 7 de setembro rumo ao imaginário.

Era isso delegado que eu queria te contar.

E o TEMPO e o DELEGADO ficaram olhando para frente, seguindo a linha do horizonte, naquela tarde ensolarada, ambos já sabendo o final, e que há tempo para tudo, e tudo é um ciclo e tudo se renova.

Entre o real e o imaginário, junto aos sonhos de criança contado pelo tempo, encerro a crônica da semana, fiquem com Deus, um beijo à todos. Ary Vital Filho.

Em nota: É com muita alegria que escrevo esta crônica em pleno 10 de setembro de 2024, depois desta ilustre visita à delegacia de Rurópolis da pequena Eloísa Sousa Costa ainda vestida de policial civil, que representou a Polícia Civil, no desfile de 7 de setembro na Praça Cívica de Rurópolis. Que possamos falar mais sobre sonhos, infância, realizações e outros sentimentos bons.

Emocionante saber que ainda há pais que incentivam seus filhos a trilharem os caminhos da ordem, da lei e da Justiça. Bom saber que somos inspirações para as próximas gerações. Grande abraço fraterno Ary Vital Filho.

Fonte: Plantão 24horas News

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